EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


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20160910

Vai Deixar Acabar Sem Feirar?


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Parqueamento de viatura de feirante e alojamento

Na edição de hoje do "Jornal da Feira" (Suplemento do "Jornal do Centro" que não faz parte dos "Media Partners Locais" mas é distribuído no recinto do evento) o "suponho" que o gerente executivo da "Viseu Marca", Dr. Jorge Sobrado, fez um "pré-balanço" da edição deste ano da feira anual. Quando faltavam 3 e não 2 dias, como consta na peça, para o encerramento do evento a afluência registava "quase 900 mil entradas" e o desafio do título foi novamente repetido. Segundo as declarações do também "Gestor da Marca Viseu" a feira  foi um sucesso, "do ponto de vista da conquista de públicos, mas também e sobretudo do ponto de vista da sua revitalização, da atratividade, da sua qualidade enquanto evento histórico popular". Na sua opinião a feira retomou "a sua idade de ouro", a que época se estará a referir? muitos viseenses se tiverem tempo para ler uma publicação que não passa de um veículo publicitário e de promoção do certame, irão tentar decifrar esse enigma ou rir-se do ridículo da afirmação, vinda de um recém chegado, pouco ou mal informado. Fala-se de um inquérito que estará a ser realizado, certamente para avaliar o grau de satisfação, de feirantes e público. A iluminação, os pórticos, a recuperação do "picadeiro", os regressos das "máquinas de furinhos" (nunca tinha ouvido dar tal nome às caixas), a "Praça de Viriato" e o balão de ar quente, entre outras novidades, vieram "dar uma nova identidade à Feira". A comunicação também terá ajudado a criar um "projeto único, 'pop' , divertido e identitário." A "Viseu Marca", uma associação cultural sem fins lucrativos, suponho que apenas e ainda com dois sócios (Câmara Municipal de Viseu e a AIRV - Associação Empresarial da Região de Viseu) que pela primeira vez organizou o certame, tem um "sentimento histórico do dever cumprido". Não se esqueceu o gerente de valorizar o investimento, feito pela câmara municipal, não contabilizado nas contas da feira, na melhoria do recinto e na construção de 2 instalações sanitárias.
Para ano de 2107 e não para a edição nº 625 porque é sabido que a feira não teve algumas realizações, já há calendário. A feira irá realizar-se de 11 de Agosto a 17 de Setembro, portanto terá a mesma duração, os mesmos 38 dias da edição que está prestes a terminar. Curiosamente as 3 últimas edições tiveram início na primeira Sexta-feira do mês Agosto (2014 no dia 8, 2015 no dia 7 e 2016  no dia 5) e seria expectável que em 2017, o dia 4 fosse o escolhido, o que não irá acontecer para seguir os resultados de "um estudo de públicos" e o planeamento da agenda de outros eventos da cidade. Uma das razões adiantadas pelo presidente da câmara, Dr. Almeida Henriques, para justificar a antecipação da data de abertura da feira anual e o encerramento antes do dia 21 de Setembro, "Dia de São Mateus" e "Feriado Municipal", foi a pouca afluência e os prejuízos inerentes para a organização que obrigatoriamente tinha de obter resultados financeiros positivos. 
O Dr, Jorge Sobrado revelou que no próximo ano as tradicionais barracas das enguias, vão ser substituídas por "pavilhões", o projectado espaço museológico da feira vai ser "incrementado", também na área da restauração haverá novidades. Rematou afirmando que vão "trabalhar noutros 'regressos históricos'." Ficamos ansiosamente a aguardar que tenham mais sucesso que o regressado "Concurso dos Vestidos de Chita" que não terá chegado ao milhar de espectadores.