O edifício localizado no gaveto no da Rua do Comércio e Rua do Chão do Mestre é um bom exemplo da Arte Nova. Mandado construir nos anos de 1911 e 1912 por António Sousa Correia que foi o primeiro proprietário [ligação]. A fachada é de boa cantaria e está revestida com pequenos azulejos, semi-relevados monocromáticos, com quatro concavidades, quatro saliências e uma roseta estilizada no centro que produzem um belo efeito. Os vãos das janelas e a cimalha são decorados com frisos de azulejos policromos de padrão vegetalista. Estão representadas flores, caules e folhas e o monograma “SC”. As cores utilizadas são o lilás, o verde, o amarelo torrado e o castanho sobre fundo branco, da fábrica da Fonte Nova de Aveiro [ligação]. O edifício que estava bastante degrado, foi reconstruído conservando as fachadas mas não manteve algumas peças da caixilharia original e da porta principal. Mas esses pormenores ficam para próxima oportunidade.
Este imóvel foi considerado o “mais significativo da Arte Nova em Viseu” por Elsa Ferreira de Figueiredo, no seu trabalho “Azulejo Arte Nova em Viseu – Seu Valor Patrimonial”, dissertação para obtenção do grau de Mestre em História Ibero-Americana pela Universidade Portucalense Infante D. Henrique – Porto, em 2006 que foi a fonte para este artigo.