O Inverno que começou há poucos já dias encheu o Rio Pavia, embora felizmente ainda não tenha havido nenhuma enchente, muito menos das antigas que arrastavam pontões, árvores, lenha, galinhas, porcos, abóboras, enfim muito do que a enxurrada apanhava pela frente. Porém - "Inverno de cheia, Verão de fartura", diziam os antigos...A inundação que ontem aconteceu no recinto da feira semanal, a que acorreram os bombeiros, foi a repetição de anteriores ocorrências motivadas principalmente pelo entubamento, do pequeno ribeiro que vem de Gumirães, passa à beira do Fontelo, atravessa a estrada junto ao campo de futebol Alves Madeira corre junto ao muro do recinto, percorre o terreiro para terminar no rio. Uma vez que o antigo canal a céu aberto atravessava os terrenos agrícolas era usado para rega e mais tarde transformado em esgoto foi esganado, com manilhas de calibre reduzido, é natural que aconteçam inundações. Sobretudo quando a grelha junto à entrada da Rua do Arco fica entupida e a água salta do caneiro. Outro factor é o assoreamento do rio e a forte corrente que impedem a água de sair e ainda o fecho da represa da ribeira. Também correm para o terreiro, parcialmente zona de leito de cheia, nos dias de temporal, as águas da chuva vindas do Fontelo, Via Sacra, Santa Cristina, Santo António que as sarjetas não recolhem.As imagens mostram o rio prestes a invadir o recinto da feira semanal porque as comportas da represa da Casa da Ribeira estavam fechadas, a moderna represa dos moinhos da Balsa com a comporta descida para evitar a subida do nível da água junto do Forum, as novas poldras do actual CMIA (Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental) e as antigas poldras da Balsa que mal se distinguiam da ponte da circunvalação.