É mesmo isso, são verdadeiros remendos que uma empresa de jardinagem anda a executar na “passadeira” em granito que a Cava de Viriato, uma fortaleza de origem possivelmente árabe, construída em data desconhecida e com formato octogonal, constituída por fortes e altos taludes em terra batida circuitados, pelo menos em parte, por um grande fosso com água, “ganhou” depois de executadas obras de requalificação incluídas no Programa Polis no valor de dois milhões de euros. Durante a passada semana apenas foram cheios com terra os perigosos intervalos, entre as lajes, numa extensão de poucas dezenas de metros e compactada a terra que na semana anterior e devido à chuva abateu. Falta ainda completar aproximadamente 60 metros para concluir o trajecto entre a proximidade da Casa das Águias e o início da Rua dos Heróis Lusitanos. Na medida que os trabalhos avançaram foram-se tornando mais demorados porque a distância até ao estaleiro aumentou, no entanto por vezes o número de trabalhadores em obra foi diminuindo, facto que não se compreende numa obra que pretende remediar um erro de projecto que já provocou várias quedas e alguns ferimentos que poderiam ter sido muito graves. Esta tarde quando fui recolher estas imagens, por feliz coincidência, vi chegar um camião que transportava terra para permitir a continuação dos trabalhos entre o início da Rua dos Heróis Lusitanos, Rua dos Plátanos e a Rua do Coval (junto à Vila Batalha). Como referi na semana passada a segunda fase da tarefa vai ser mais complicada porque se não forem usadas mais máquinas será necessário transportar em carrinhos de mão a terra necessária para tapar os “buracões” a que se referia a “Joana Viseu” no seu elucidativo vídeo [ligação artigo anterior e vídeo].
Pelo menos até ao final das obras talvez fosse boa ideia colocar sinais de perigo, como um destes dias sugeriu um velho amigo que me acompanhou em visita à "nova" Cava de Viriato, para prevenir os incautos utilizadores.