Para aqueles que tiveram dificuldade em identificar o local da imagem anterior aqui vai a ajuda. Suponho que os tanques e as poldras que ligavam o Campo de Viriato à Rua da Fábrica desapareceram com as obras de 1940 no mesmo ano da colocação do monumento a Viriato na Cava. Certamente que as lavadeiras ficaram muito descontentes com o desmantelamento dos tanques pois passaram a ser obrigadas a lavar a roupa na corrente do rio Pavia ajoelhadas, uma posição pouco confortável. Na época mandava Salazar e os tanques não foram substituídos. Também foi feito um aterro, levantado um muro na margem do rio e no local passou a existir um bonito jardim com vários canteiros desenhados geometricamente, com pequenos buxos, muitas variedades de flores garridas, bancos de ferro e madeira e vários candeeiros eléctricos.
Pois foi esse agradável recanto, pouco recomendável nos meses de Verão quando o rio passou a secar e foi transformado num esgoto malcheiroso, que os “iluminados” autores do Plano de Pormenor da Envolvente Urbana do Rio Pavia, parte do Programa POLIS para Viseu, destruíram para fazer um jardim de pedras e sem flores como as imagens mostram.
Ainda não encontrei ninguém que tivesse apreciado a mudança e estou certo que apenas os “pais” consideram este “filho” belo. Um comportamento que se compreende, naturalmente...
