Mó no Moinho da "Tia Micas"
(...) "Tendo nos começos de Junho de 1652 faltado a água para mover os moinhos, os moleiros queixaram-se de que os agricultores confinantes com o Pavia lhe roubavam a água, alegando estes que lhe era necessária para as regas. Como as autoridades - parece que inclinadas a dar razão aos moleiros - não resolviam o conflito, na madrugada de 24 de Junho, (…) de S. João, a pretexto de festejarem o Santo, os moleiros reuniram-se no Rossio de Maçorim e, com outras pessoas de Viseu, dirigiram-se à capela de S. João da Carreira, donde, depois de rezarem ao mesmo santo, regressaram à beira rio, destruindo açudes e represas, chegando a Vildemoinhos já o sol ia alto, abundando nesse dia a água para mover os moinhos parece que até com satisfação das autoridades." (...)
Dr. José Coelho in "Memórias de Viseu"